“É um assunto debatido e que possui projetos de lei na Câmara Federal e também no Senado. Infelizmente, o tema ainda é considerado um tabu e sempre sofre interferências por questões morais, políticas e religiosas. Deixemos de demagogia e vamos permitir que a população decida o que deve ser feito”, afirmou Maurício Trindade, que promoveu o debate.
Para o vereador Sidninho (Podemos), não existe a possibilidade de o Estado manter a proibição no país de todas as modalidades de jogos. “Estamos próximos de regulamentar uma lei para a legalização de cassinos no país. No entanto, tenho ressalvas à regulamentação de apenas esse tipo de jogo, que depende de uma infraestrutura que só seria atendida, por exemplo, pelas regiões Sul e Sudeste, que também seriam as únicas beneficiadas”, explicou.
A vereadora Ana Rita Tavares (PMB) destaca que “as apostas das casas lotéricas foram legalizadas, mas os outros tipos de jogos ficaram de fora, contribuindo para a circulação de recursos que não voltam para a sociedade, pois não há a arrecadação de impostos”. O vereador Alfredo Mangueira (MDB) também defende a regulamentação dos jogos no país, “sobretudo pela geração de emprego e renda”.
Debate
O palestrante e coordenador do Instituto Jogo Legal, Magnho José de Sousa, afirmou que a demora para a legalização dos jogos no país se dá por falta de vontade política para a apreciação de projetos que tramitam na Câmara Federal e no Senado.
“Enquanto discutimos o tema como tabu, por exemplo, outros países abordam a questão como uma forma de incrementar a economia. Com a liberação de todas as modalidades de jogos, e não somente dos cassinos, é estimada a oferta de mais de 690 mil empregos, além da arrecadação anual de mais R$20 bilhões a ser feita pelo governo brasileiro”, afirmou.
Também participou da mesa de trabalho o presidente do Sindicato dos Músicos da Bahia, Sidnei Zapata. (Notícias Câmara Municipal - Reginaldo Ipê)