A fiscalização deste final de semana que encontrou o jogador do Flamengo
Gabigol e o funkeiro MC Gui em um cassino de luxo em bairro
nobre de São Paulo foi vista entre setores que defendem a legalização dos jogos
de azar como uma oportunidade de retomar a discussão do assunto no país. A
argumentação é que, se o estabelecimento não fosse clandestino, ele estaria
fechado, obedecendo as medidas de restrição de
circulação para conter o coronavírus, revela a coluna Painel S.A. editada
pela jornalista Joana Cunha na Folha S.Paulo desta segunda-feira (15).
Para Magno José Sousa, presidente do IJL (Instituto
Brasileiro Jogo Legal), ver um caso desses no momento mais grave da pandemia é
emblemático porque ilustra como a atividade mantida na ilegalidade desprotege o
cidadão.
Sousa afirma que a defesa mais comum da legalização do jogo de azar se
baseia no argumento de que vai trazer investimentos, empregos e arrecadação de
impostos, mas a questão sanitária também entrou no debate.
O cassino em que Gabigol foi detido não é o primeiro que
opera ilegalmente na pandemia. Em julho do ano passado, quando o governo do
estado começou a flexibilizar a reabertura de estabelecimentos como shoppings e
academias, o Painel S.A. informou que os bingos também enviaram comunicados aos
seus frequentadores, grande parte idosos, avisando que voltariam a operar com
máscara, álcool em gel e máquinas higienizadas.