GANHAM O ESTADO E A SOCIEDADE

Estudo australiano diz que não há evidências de que o jogo on-line aumente o comportamento de risco

Foram feitas mais de 15 mil entrevistas televisivas, 4,5 mil questionários on-line e 50 entrevistas pessoais com jogadores

O departamento de Estudo do Jogo da Austrália (Gambling Research Australia), realizou um grande estudo sobre o jogo on-line, intitulado ‘Interactive Gambling’, e concluiu que não há provas suficientes para ligar as apostas on-line com o aumento dos riscos ou problemas com jogo.

Foram feitas mais de 15 mil entrevistas televisivas, 4,5 mil questionários on-line e 50 entrevistas pessoais com jogadores. Esta amostra incluiu 31 jogadores que procuraram ajuda para combater a adição ao jogo.

25,5% das pessoas entrevistadas disseram que apenas jogavam pôquer on-line, enquanto que os outros jogam on-line e ao vivo. Enquanto que os jogadores on-line tiveram um prejuízo médio de US$ 2 no mês anterior à entrevista, os jogadores ao vivo tiveram um prejuízo médio de US$ 50.

Os autores do estudo concluíram que “atualmente não há evidências suficientes para concluir que o jogo online esteja causando níveis maiores de comportamentos de risco”, apesar disto alertaram que “é possível que problemas relacionados possam aumentar ao longo do tempo, com uma maior participação nos jogos”.

Outra conclusão referenciada pelos autores, é de que “uma parte substancial dos jogadores on-line com problemas de adição”, começaram a revelar problemas nos jogos ao vivo.

Separando o pôquer dos restantes jogos de cassino, o estudo diz ainda que os jogadores de pôquer são muito menos suscetíveis a comportamentos de risco, sendo que do grupo de 31 jogadores que já recorreram a ajuda para combater a adição, apenas dois eram jogadores de pôquer.