Em
almoço com jornalistas no Palácio da Alvorada, o presidente da República Jair
Bolsonaro (PL) afirmou que é contra os jogos de azar, como cassinos, bingos e
jogo do bicho, atualmente clandestinos no Brasil. Porém, o posicionamento do
presidente é dúbio.
Em mais
de um momento, ele deixa a entender que a tendência no Congresso Nacional é de
aprovação do projeto de lei que legaliza os jogos, seguida de uma derrubada do
veto presidencial, revela Luana Melody no jornal O Tempo Brasília.
“A
minha posição é clara. Pelo que eu vi, pela quantidade de votos e urgência,
eles podem derrubar um possível veto. Eu pretendo vetar a questão de jogos no
Brasil. Não acho que estamos maduros ainda para tratar, avançar nessa questão
aí. Agora, tem muita gente que defende, e aí democracia. Se eu vetar e o
parlamento derrubar o veto, vamos cumprir a lei”, disse Bolsonaro.
O
presidente Jair Bolsonaro (PL) convidou jornalistas para um almoço fechado no
Palácio do Alvorada, nesta 6ª feira (24.dez.2021). Antes da entrada, proibiu o
uso de celulares, gravadores e câmeras. Depois liberou o uso e concedeu
entrevistas.
Participaram
jornalistas do Poder360, Metrópoles, Record TV, CNN, TV Brasil Central e TV
Anhanguera, além de cinegrafistas da SBT e TV Globo.
Projeto
avança na Câmara dos Deputados
O
projeto que regulamenta os jogos está tramitando na Câmara dos Deputados desde
1991. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, tem
defendido a proposta e pretende analisar o projeto.
“Todo
mundo sabe que tem cassino, que tem bingo, existe caça-níquel, apostas
virtuais, que são debitados no cartão de crédito, debitados e pagos no
exterior… jogo do bicho”, declarou Lira, na quinta-feira (16).
“Mas
tem que continuar na clandestinidade para continuar sem gerar empregos formais
no Brasil? Sem pagar, mais ou menos, R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões de impostos
para o povo brasileiro? Este debate se fará aqui”, acrescentou o presidente da
Câmara.
Em
outro momento do encontro com jornalistas, Bolsonaro também comentou sobre o
avanço da regulamentação do lobby como profissão.
“Isso
aí está avançado. Sempre teve lobby, fica melhor regulamentar. Em vez de alguns
ficarem na penumbra trabalhando, ‘visitou o presidente, visitou o ministro, que
que ele foi fazer, especular’. Agora ele vai ter o crachá dele e fazer o lobby
de forma aberta, como existe em muitos países”, afirmou o presidente.
Fonte: BNLData