O Congresso retoma as
atividades nesta semana com assuntos problemáticos para o Palácio do Planalto,
que podem causar desconforto na base governista e, com isso, respingar no
Palácio do Planalto. Uma delas é o da legalização dos jogos de azar: de
interesse direto do Centrão, a tramitação do projeto de lei deixou a bancada
evangélica em pé de guerra. Jair Bolsonaro, logo que soube da manobra do
comandante da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que o PL tramitasse, anunciou
que se for aprovado, vai vetá-lo. Ou seja: o presidente compra briga com os
partidos que lhe dão sustentação ou com um grupo religioso que, se não é
unanimemente governista no Parlamento, tem uma vasta parcela que o respalda.
Em entrevista ao Correio Braziliense sobre o monitoramento das pautas espinhosas que serão discutidas no Congresso o líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR) destacou que o presidente da Câmara vai prioridade à votação do Projeto de Lei dos jogos de azar. “Lira disse que vai votar a legalização dos jogos de azar, independentemente de acordo ou não”, avisa.
“A bancada da base do governo está firme. Temos mais dificuldades para votar propostas de emendas constitucionais (PECs), mas, para aprovar matérias de lei complementares e lei ordinárias, temos maioria com mais tranquilidade”, garantiu o líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Fonte: BNLData