A TV Senado postou em
sua conta no Twitter entrevistas com os senadores Angelo Coronel (PSD-BA) e
Marcos Rogério (PL-RO) sobre a legalização dos jogos e a tramitação da proposta
no Senado Federal.
O senador Angelo
Coronel, que é favorável a proposta comentou sobre o projeto que legaliza os
jogos de apostas no país. O parlamentar destacou que a legalização dos jogos
não é uma pauta de costumes, mas uma pauta econômica e que a regularização vai
beneficiar a sociedade. Afirmou que os jogos em todas as localidades em que
existem no mundo gera grande quantidade de recursos para a economia,
representando uma fatia significativa do PIB. Ainda segundo Coronel, na Itália
corresponde a 1,6% do Produto Interno Bruto do país. Seguindo a mesma tendência
“Podemos ter uma receita complementar em torno de R$ 50 bilhões”, afirmou.
Sobre as
resistências, o senador comentou que “ninguém está criando o jogo, o jogo já
existe. Nós estamos querendo legalizar para que esses players possam pagar
impostos, porque se fosse a criação de um jogo ai poder-se-ia ter uma discussão
maior, mas nós estamos simplesmente querendo tirar a clandestinidade e
transformar em legalidade. Fico até me perguntando: por que alguns ficam contra
legalizar algo clandestino? Até parece que tem gente que protege a clandestinidade.
Nós temos que trabalhar para legalizar e trazermos novos recursos para o país”,
comentou.
Já o senador Marcos
Rogerio disse que tem uma posição contrária a este tema. O Senado Federal em um
projeto aqui que é um pouco mais conservador, que é o projeto que trata dos
resorts integrados. O projeto que vem da Câmara “alargou” o tema, alargou a liberação
dos jogos. “Não é um tema fácil! Obviamente que quem decide é o plenário, que é
soberano. Esse é um tema que será submetido ao Colégio de Líderes e
posteriormente pautado se tiver ambiente para deliberação este ano. A minha
opinião é que este tema não deveria ser pautado e votado nesse ano. Mas sendo
pautado, vamos discutir e enfrentar o tema. Eu acho que é um tema que deve
ganhar muita resistência no Senado Federal em razão da abertura que está se
dando. É um tema que nasceu aqui com um perfil mais conservador, com uma
liberação mais restrita e a Câmara acabou aprovando um projeto que alarga a
compreensão da liberação dos jogos de azar. Eu acho que este não é um tema
urgente para o Brasil nesse momento. O país tem outras situações que demandam
mais esforços do Senado Federal”, declarou.